Até bem pouco tempo atrás os papéis do homem e da mulher eram bem definidos em nossa sociedade: o homem era o provedor, quem trazia o dinheiro para casa e mantinha a família. Existia o poder do controle e uma certa autoridade masculina. À mulher cabia cuidar do lar e dos filhos com dedicação e submissão.
Nos últimos 30 anos, porém, com o advento da revolução feminina, os papéis, conceitos e valores mudaram bastante. Hoje se busca entender o que é ser homem e o que é ser mulher nos relacionamentos atuais.
A mulher está cada vez mais atuante no mercado de trabalho, sobressaindo-se e muitas vezes obtendo um salário bem maior que seu parceiro. Tem poder de decisão e já não aceita se submeter a variadas situações. É independente, faz sexo apenas pelo prazer (e com orgasmo, claro!) e não se casa como forma de sair do domínio e repressão dos pais.
Em contrapartida o homem retraiu-se, apresenta dificuldades de adaptação em como lidar com essa “nova” mulher, sente-se muitas vezes inseguro em seu desempenho, inclusive sexual (agora a moda não é um orgasmo, mas orgasmos múltiplos!).
E com toda essa “confusão”, muitas pessoas permanecem sozinhas e com grandes dificuldades de encontrar um(a) parceiro(a) para um relacionamento afetivo-sexual. Não se encontram, não se entendem e não sabem muito bem o que procuram e o que querem.
Podemos começar pensando que o ser humano não nasceu para ficar só. Podemos até gostar de ter momentos, até períodos sozinhos, mas ninguém (que eu tenha tratado ou conhecido em minha vida) quer permanecer eternamente assim. Então paremos para pensar: Para que precisamos de alguém? Quais são nossas necessidades? O que esperamos de uma parceria? Que tipo de pessoa queremos do nosso lado e para quê?
Imaginem que se ser independente, ter seu próprio dinheiro, fazer sexo com quem quiser, sem compromissos ou obrigações (sempre usando preservativo, ok?), liberdade para viajar e buscar realizar objetivos fossem suficientes, todos iriam querer permanecer sozinhos, uma vez que atualmente tanto o homem quanto a mulher podem alcançar esse “status quo”.
Na verdade não nos sentimos completos sozinhos, embora sejamos completos (não somos a metade de uma laranja, somos uma laranja inteira buscando outra laranja inteira). Queremos um “porto seguro”, alguém com quem possamos dividir nossas alegrias, tristezas; vitórias, derrotas; viver a emoção de amar e ser amado (não é uma delícia estar apaixonado?!), ter um colo quando estivermos carentes (não colo de mãe ou pai, mas colo de seu homem ou de sua mulher).
Então, que tal pararmos de IDEALIZAR um(a) parceiro(a) e lidarmos com o real? Pararmos de querer fazer dele(a) uma extensão de nós mesmos, exigirmos atitudes e comportamentos que seriam nossos e não do outro; querer que se transformem por nós, que façam por nós, que deixem de ser aquela pessoa por quem nos apaixonamos.
A parceria ideal, relacionamento ideal, emprego ou chefia ideal, família ideal, viagem ideal, enfim, a perfeição plena só existe em nossa fantasia. Um relacionamento é construído a cada dia, com erros e acertos. Quando temos mais acertos, conseguimos mantê-lo. Quando cometemos mais erros, podemos perdê-lo. Mas estamos sempre tentando e procurando dar certo com alguém e, para isso, talvez possamos aprender com os mais sábios que toleravam mais, cediam mais, acreditavam mais na possibilidade de ter alguém que pudesse acompanhar a bela jornada que é a VIDA. Não importa por quantas mudanças e como serão redefinidos os papéis do homem e da mulher em nossa sociedade, mas sim como você enxerga seu relacionamento atual ou futuro. Concordo que manter um relacionamento saudável é uma tarefa difícil, mas se houver “investimento” emocional, reconhecer e alterar os sinais de desgaste, surpreender ao invés de acomodar, valorizar e não desprezar, respeitar, e principalmente amar, você tem grandes chances!!!
Aliás, AMOR é tudo o que a humanidade precisa. Vamos amar muito e a todos; seu(a) parceiro(a), familiares, amigos verdadeiros, “ame seu próximo como a ti mesmo” (ok, ok… estou falando de ideal…). Então, ame o máximo que puder e continue em busca da nossa razão de existir: SER FELIZ!!!